quarta-feira, 25 de julho de 2012

e você acredita em que?

"Eu acredito no pink. Eu acredito que rir é a melhor coisa para queimar calorias. Eu acredito em ser forte quando tudo parecer estar dando errado. Eu acredito que as mulheres felizes são as mais bonitas. Eu acredito que amanhã é um outro dia. E eu acredito em milagres" - Audrey Hepburn.

"Eu acredito que nada é fácil, mas tudo é compensador. Eu acredito que excelente é melhor que bom. Eu acredito em "seja quente, seja frio, não seja morno que te vomito". Eu não acredito em desistir fácil. Eu acredito em fazer, não esperar acontecer. Eu acredito que de elogios sinceros emanam boas energias. E que críticas destrutivas fazem mal para quem as recebe, mas principalmente para quem as faz. Eu acredito em errar, admitir, se desculpar e seguir adiante. Eu não acredito em ser blasé. Eu acredito que gentileza gera gentileza. Eu acredito em acreditar. E, sim, eu definitivamente acredito em milagres" - Mônica Salgado. 

"Eu acredito que existam pessoas fiéis. Eu acredito no pra sempre. Eu acredito no amor. Eu acredito que felicidade são momentos, e esses momentos devem ser sempre bem aproveitados. Eu acredito em grandes oportunidades e para todos, independente de idade e sexo. Eu acredito na natureza. Eu acredito no que não vejo. Eu acredito que vingança não te leva pra lugar algum. Eu acredito que rosa pra mim pode ser verde pra você. Eu acredito que o mundo vai acabar e acredito também que ele só vai se transformar. Eu acredito no sorriso de uma criança. Eu acredito no choro de um homem apaixonado. Eu acredito desacreditando de tudo" - Isabella Leal 


domingo, 18 de março de 2012

FELIZ POR NADA (Martha Medeiros)

Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

         Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
         Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
         Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
         Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
         Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
         Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
         A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
         Ser feliz por nada talvez seja isso.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TEXTO DE DANUZA LEÃO! E POR SINAL MUITO BOM!

DUAS BOLAS, POR FAVOR

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./

Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.